A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) segue detida na penitenciária feminina Germana Stefanini, em Rebibbia, na região nordeste de Roma. A prisão, considerada uma das maiores da Europa voltadas exclusivamente para mulheres, abriga atualmente mais internas do que comporta oficialmente, refletindo a crise estrutural enfrentada pelo sistema prisional italiano.
Zambelli está custodiada em uma cela comum, segundo informações da imprensa brasileira, enquanto aguarda a decisão da Justiça italiana sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil. A definição está prevista para ocorrer na próxima sexta-feira, 1º de agosto, quando as autoridades poderão determinar se a parlamentar permanecerá presa, será transferida para prisão domiciliar ou poderá responder em liberdade durante o trâmite judicial.
A unidade onde ela se encontra foi construída nos anos 1950 e, até o fim da década de 1970, era administrada por freiras. Hoje, o presídio conta com uma estrutura que inclui biblioteca, teatro, capela, academia e espaços ao ar livre, além de celas distribuídas por alas como a Camerotti — setor onde são alojadas novas detentas, geralmente ainda sem condenação. Aproximadamente um terço das internas são estrangeiras, e há também espaço para mulheres com filhos pequenos.
O caso de Zambelli, que ganhou repercussão internacional, soma-se a um contexto mais amplo de debates sobre cooperação jurídica internacional, foro privilegiado e o papel de parlamentares envolvidos em investigações criminais.
Por Ataíde Barbosa/Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
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