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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Discussão por valor de programa termina em feminicídio em Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o feminicídio de Ana Clara Veloso, de 19 anos, morta após um encontro marcado por aplicativo em Ubá, na Zona da Mata mineira. O suspeito, Jonathan Martins, de 29 anos, confessou o crime durante interrogatório.

Segundo a investigação, o encontro havia sido combinado pelo valor de R$ 700, mas Jonathan tentou parcelar o pagamento, o que teria provocado a discussão que terminou em violência. O corpo da jovem foi encontrado na segunda-feira (8), em frente à casa do suspeito, no bairro Industrial, enrolado em um lençol e com diversos hematomas.


Imagens de câmeras de segurança mostram a vítima caminhando pela rua onde o suspeito mora na noite anterior. O celular de Ana Clara não foi localizado, mas prints de conversas, compartilhados por uma amiga, revelam que Jonathan a contratou para atender “fetiches de subjugação”. Nas mensagens, ele ainda mencionava assistir a “vídeos pesados” com conteúdo de violência sexual.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, o crime é investigado como feminicídio, já que a condição de mulher da vítima foi determinante para a execução. “As circunstâncias apontam para um ato de violência motivado pela tentativa de submeter e subjugar a vítima”, afirmou.

Outros crimes sob investigação

Poucas horas antes do assassinato, Jonathan teria abordado outra mulher, de 36 anos, oferecendo dinheiro em troca de sexo e a ameaçado após a recusa. O caso foi registrado como importunação sexual e anexado ao inquérito.

Além disso, uma adolescente de 16 anos relatou à polícia ter tido um relacionamento com o suspeito, e as circunstâncias desse envolvimento ainda estão sendo apuradas.

Jonathan também é investigado por um homicídio em Volta Redonda (RJ), em junho deste ano. Segundo a polícia, ele teria fugido para Minas Gerais após ser apontado como suspeito tanto pela família da vítima quanto por membros do crime organizado local.

Após o crime em Ubá, Jonathan deixou o corpo da jovem na porta de sua própria casa e seguiu sua rotina normalmente, indo trabalhar no dia seguinte. Ele permanece preso no Presídio de Ubá, assistido pela Defensoria Pública, enquanto a Polícia Civil aguarda a conclusão do laudo de necropsia e demais perícias.




Por Ataíde Barbosa/Foto: Redes Sociais/Reprodução

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