Em entrevista concedida na tartde desta quinta-feira (31), ao programa Panorama de Notícias da Rádio Simões Filho FM 87.9, logo após a deflagração da Operação Apate — ação realizada pela Polícia Civil em diversos municípios da Bahia, incluindo Simões Filho — o ex-coordenador da 25ª CIRETRAN, Sandro Moreira, comentou os desdobramentos da operação e abordou a possibilidade de retornar ao cargo que ocupou entre 2012 e 2016.
Moreira afirmou reconhecer o trabalho da polícia e o esforço investigativo realizado para apurar possíveis irregularidades. No entanto, criticou o que considerou como “exagero” nas abordagens policiais durante o cumprimento dos mandados, ressaltando que os alvos da operação ainda são apenas suspeitos até que se prove o contrário.
“A polícia tem feito seu papel investigativo, mas entendo que as abordagens, especialmente nas residências de pessoas ainda não condenadas, poderiam ter sido feitas com mais cautela”, declarou.
Questionado sobre rumores de que estaria cotado para reassumir a coordenação da 25ª CIRETRAN, Sandro não confirmou, mas também não descartou a possibilidade. Ele reconheceu que seu nome continua vinculado à unidade em razão do trabalho realizado durante sua gestão, o que, segundo ele, o mantém em evidência sempre que mudanças são cogitadas no órgão.
“Meu nome é naturalmente associado à 25ª CIRETRAN pelo legado que deixamos lá. Sempre estive à disposição do grupo político ao qual pertenço, e se houver entendimento de que minha contribuição será válida, estou preparado para assumir novamente”, afirmou.
Moreira ainda fez questão de reconhecer o trabalho do atual coordenador, Orlando Binho, a quem classificou como “um dos melhores gestores que passaram pela unidade”, destacando que as recentes implicações da operação não devem ser atribuídas diretamente à gestão, mas sim a circunstâncias externas que afetam a imagem do órgão.
Por fim, reforçou seu compromisso com a instituição e afirmou que a credibilidade da CIRETRAN não deve ser comprometida por eventuais erros individuais.
“A instituição é maior que qualquer indivíduo. Se houver um chamado legítimo dos líderes políticos e da população, não vejo por que não retornar e contribuir com o mesmo compromisso que tive no passado”, concluiu.
Por Ataíde Barbosa
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