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quarta-feira, 25 de junho de 2025

Solidariedade e PRD formam federação partidária e fortalecem oposição a Lula

Os partidos Solidariedade e PRD oficializarão nesta quarta-feira (25), no Salão Verde da Câmara dos Deputados, a criação de uma federação partidária que reúne dez parlamentares. A nova aliança busca atuar de forma mais organizada na oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo com o Solidariedade mantendo alguns cargos na administração federal.

A união entre as duas siglas também representa uma tentativa de reduzir a fragmentação no Congresso e garantir o cumprimento da cláusula de barreira a partir de 2026, que exige ao menos 13 deputados eleitos em nove estados diferentes para assegurar recursos e tempo de propaganda partidária. A federação terá à frente Ovasco Resende, ex-presidente do Patriota, partido que se fundiu ao PTB para formar o PRD no ano passado.

Embora o Solidariedade tenha feito parte da coligação que elegeu Lula em 2022, o partido vem se distanciando do Palácio do Planalto ao longo deste ano. O presidente da legenda, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), já adotou uma postura crítica ao governo, chegando a assinar o pedido para a criação da CPI que investiga fraudes no INSS. “Atuamos hoje como oposição na Câmara”, destacou.

Pelo lado do PRD, o tom oposicionista também é claro. O tesoureiro Marcos Vinícius Neskau, ex-deputado estadual no Rio de Janeiro, enfatizou que a insatisfação com o governo foi um fator importante para a aproximação dos dois partidos. “Defendemos um perfil de oposição, como já temos demonstrado nesta legislatura”, afirmou.

Com esse distanciamento do governo federal, cresce a possibilidade de que a nova federação apoie a candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), à Presidência da República em 2026. Paulinho da Força já participou do lançamento simbólico da pré-candidatura de Caiado na Bahia, em abril, e reforça a disposição de caminhar com o governador. “Oferecemos a legenda a Caiado. Ele representa um caminho mais ao centro, sem radicalismos. Não queremos apoiar nem o PT nem um nome bolsonarista”, declarou.

Apesar do interesse de Caiado em disputar o Planalto, ele ainda não tem apoio oficial do próprio União Brasil, partido ao qual é filiado. O presidente da sigla, Antonio Rueda, não participou do evento em que o governador fez seu primeiro movimento público rumo à eleição presidencial.




Por Ataíde Barbosa/Foto: Valter Camargo/Agência Brasil e Billy Boss/Câmara dos Deputados

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