Desde março, o Crédito do Trabalhador — também conhecido como consignado do CLT — tem ganhado força entre os brasileiros com carteira assinada. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mais de 2,6 milhões de trabalhadores já contrataram essa nova modalidade de empréstimo com desconto direto em folha, totalizando R$ 15,9 bilhões até o dia 16 de junho.
A maioria dos que recorreram ao crédito está na base da pirâmide salarial: cerca de 60% dos tomadores ganham até quatro salários mínimos. Esse grupo contratou, apenas entre 21 de março e 9 de junho, cerca de R$ 7 bilhões — evidenciando a importância da linha para quem mais precisa de acesso facilitado a crédito.
O valor médio nacional dos contratos é de R$ 5.958,78. Mas, ao observar a média por faixa salarial, fica clara uma variação proporcional à renda. Para quem ganha até dois salários mínimos, o valor médio emprestado é de R$ 3.391,60. Já entre os trabalhadores com rendimento superior a oito salários, o valor médio dos contratos sobe para R$ 9.079,23.
No recorte por estado, São Paulo aparece na liderança absoluta, com R$ 4,5 bilhões movimentados por meio do consignado CLT no período analisado. Na sequência vêm o Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Essa linha de crédito é exclusiva para trabalhadores formais e tem como principal vantagem o desconto automático das parcelas no contracheque, o que costuma resultar em taxas de juros mais atrativas. Além disso, o trabalhador pode usar o saldo do FGTS como garantia adicional, o que também contribui para melhorar as condições da contratação.
O pedido pode ser feito de forma simples: diretamente pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital ou por meio dos canais oficiais dos bancos — seja presencialmente ou pelos aplicativos bancários.
A chegada do Crédito do Trabalhador representa uma alternativa importante de acesso a crédito para a população formal, especialmente em tempos de orçamento apertado e alta demanda por soluções financeiras seguras e com menos burocracia.
Por Ataíde Barbosa
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