STF amplia sessões para julgar Bolsonaro e aliados por trama golpista - Política News

 


Última

sábado, 6 de setembro de 2025

STF amplia sessões para julgar Bolsonaro e aliados por trama golpista

O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ampliar a agenda de sessões destinadas ao julgamento do chamado núcleo 1 da trama golpista, composto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados. A decisão foi tomada após pedido do relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes.

Além das datas já previstas para os dias 9, 10 e 12 de setembro, Zanin incluiu uma sessão extra na quinta-feira (11), no período da tarde, o que levou ao cancelamento do plenário do STF marcado para o mesmo horário. Ao todo, serão quatro dias de julgamento, com sessões pela manhã e à tarde em três deles.

Calendário definido pela Primeira Turma:

9 de setembro – 9h e 14h;

10 de setembro – 9h;

11 de setembro – 9h e 14h;

12 de setembro – 9h e 14h.

O julgamento teve início nesta semana, com as sustentações orais das defesas e a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que se posicionou pela condenação de todos os réus. A partir de terça-feira (9), o colegiado inicia a fase de votação, que pode resultar em penas superiores a 30 anos de prisão para os acusados.

Acusações

De acordo com a denúncia apresentada pela PGR, o grupo teria participado da elaboração do plano Punhal Verde e Amarelo, que previa ações violentas como sequestro ou assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

A denúncia também inclui a elaboração da chamada “minuta do golpe”, documento que, segundo a investigação, era de conhecimento de Bolsonaro e seria usado para justificar medidas de estado de defesa e de sítio, visando reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do atual presidente.

Além disso, os acusados são apontados como articuladores dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em invasões e depredações nas sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Crimes imputados

O grupo responde por:


organização criminosa armada;

tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

golpe de Estado;

dano qualificado por violência e grave ameaça;

deterioração de patrimônio tombado.

As penas podem ultrapassar 30 anos de prisão. A exceção é Alexandre Ramagem, atual deputado federal e ex-diretor da Abin, que teve parte das acusações suspensas por prerrogativa constitucional. Ele responde apenas a três dos cinco crimes.

Réus no julgamento

Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;

Alexandre Ramagem – deputado federal e ex-diretor da Abin;

Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;

Augusto Heleno – ex-ministro do GSI;

Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;

Walter Braga Netto – ex-ministro da Defesa e candidato a vice em 2022;

Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência.




Por Ataíde Barbosa/Foto: Fábio Rodrigues - Pozzebom/Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad

Responsive Ads Here