Inverno e saúde mental: como lidar com os impactos emocionais da estação mais fria do ano - Política News

 


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terça-feira, 1 de julho de 2025

Inverno e saúde mental: como lidar com os impactos emocionais da estação mais fria do ano

Com a chegada do inverno, é comum que os dias mais curtos, nublados e frios afetem não só a nossa disposição física, mas também o nosso bem-estar emocional. A redução da luz solar, aliada ao maior tempo passado em ambientes fechados, pode impactar diretamente o humor, especialmente entre aqueles que já enfrentam quadros de depressão ou ansiedade. Em alguns casos, esse impacto vai além do incômodo passageiro e se transforma em um transtorno reconhecido: o Transtorno Afetivo Sazonal (TAS).

O TAS é um tipo de depressão que costuma se manifestar nos meses de outono e inverno e melhorar com a chegada da primavera e do verão. Os sintomas são semelhantes aos da depressão tradicional: tristeza persistente, cansaço excessivo, irritabilidade, perda de interesse por atividades prazerosas e alterações no sono e no apetite. Embora seja mais conhecido em países com invernos rigorosos, esse transtorno também pode afetar pessoas em regiões tropicais, onde as mudanças climáticas e de luminosidade, mesmo que sutis, interferem no equilíbrio emocional.

Segundo especialistas, a principal causa está ligada à diminuição da exposição à luz solar, que reduz a produção de serotonina — neurotransmissor responsável pela regulação do humor — e desregula o ritmo circadiano, afetando o sono e os níveis de energia.

Estratégias para atravessar o inverno com mais leveza emocional

Apesar dos desafios que o inverno pode trazer, é possível adotar hábitos que ajudam a preservar a saúde mental durante a estação. A exposição à luz natural, por exemplo, é uma das principais recomendações. Aproveitar os momentos de sol, mesmo que breves, pode fazer uma grande diferença. Caminhadas ao ar livre, ambientes bem iluminados e janelas abertas durante o dia são atitudes simples que contribuem para o equilíbrio emocional.

Manter uma rotina organizada também é essencial. Estabelecer horários fixos para dormir, se alimentar e realizar atividades físicas ajuda o corpo e a mente a manterem um ritmo saudável. Além disso, investir em atividades prazerosas — como ler, cozinhar, ouvir música ou assistir a um bom filme — pode manter a mente ativa de forma positiva e aliviar os sintomas de desânimo.

Outro ponto importante é não se isolar. O frio e a preguiça podem levar ao afastamento social, mas manter o contato com amigos e familiares, mesmo que por meios digitais, é fundamental para a saúde emocional.

Quando procurar ajuda

É natural sentir-se um pouco mais introspectivo nos dias frios, mas é preciso estar atento: se a tristeza se torna constante, se há perda de interesse pelas atividades do dia a dia, alterações acentuadas no sono e apetite, ou sentimentos de desesperança, é hora de buscar ajuda. O acompanhamento psicológico e, em alguns casos, psiquiátrico, pode fazer toda a diferença.

A saúde mental merece a mesma atenção que a saúde física. Cuidar da mente é um ato de autocuidado e prevenção. Com apoio profissional e pequenas mudanças na rotina, é possível atravessar o inverno com mais leveza e bem-estar.




Por Ataíde Barbosa/Foto: Acervo do CEAPP

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