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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) disparam no Brasil e quase dobram em um mês, aponta Fiocruz


Brasil enfrenta um aumento expressivo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) neste início de inverno. De acordo com o boletim semanal InfoGripe, divulgado nesta quarta-feira (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), houve um crescimento de 91% no número de registros de SRAG nas últimas quatro semanas, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse aumento considerado atípico se concentra majoritariamente nos estados das regiões Centro-Sul do país, incluindo São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal. A elevação de casos acompanha a chegada das frentes frias e a maior circulação de vírus respiratórios comuns nesta época do ano.

Segundo a Fiocruz, os principais agentes responsáveis por esse surto são o vírus Influenza A — causador da gripe — e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que afeta principalmente crianças pequenas. Ambos os vírus têm sido os maiores responsáveis pelas internações hospitalares relacionadas à SRAG em várias partes do Brasil.

Grupos mais vulneráveis

O boletim chama atenção para a vulnerabilidade dos idosos e das crianças, principalmente as menores de 5 anos, que lideram as estatísticas de hospitalização. Esses grupos, por apresentarem sistemas imunológicos mais frágeis, são mais propensos a desenvolver quadros graves, especialmente em um cenário de baixas temperaturas e maior circulação viral.

A Fiocruz também alerta que os casos de SRAG não se limitam à Covid-19, cujo impacto diminuiu significativamente graças à vacinação. “A sazonalidade da gripe e de outros vírus respiratórios voltou a se destacar, como acontecia antes da pandemia”, afirma o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

Importância da vacinação e medidas preventivas

Diante do cenário preocupante, especialistas reforçam a importância da vacinação contra a gripe, especialmente entre os grupos prioritários. A campanha de imunização ainda registra cobertura abaixo do ideal em muitos municípios, o que aumenta a exposição da população ao vírus Influenza.

Além da vacina, medidas como evitar aglomerações em ambientes fechados, manter os ambientes bem ventilados e reforçar a higiene das mãos são recomendadas para conter a propagação dos vírus respiratórios.

A Fiocruz continuará monitorando a evolução dos casos e destaca que a população deve procurar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar e cansaço extremo, que podem indicar agravamento do quadro clínico.




Por Ataíde Barbosa/Foto: Tony Winston/Agência Brasília

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