Um atentado suicida ocorrido neste domingo (22) dentro da Igreja Mar Elias, na localidade de Dweil’a, próxima a Damasco, capital da Síria, deixou ao menos 20 mortos e 52 feridos. No momento da explosão, dezenas de fiéis participavam de uma celebração religiosa, incluindo várias crianças.
De acordo com o Ministério do Interior da Síria, o autor do ataque era um militante do grupo terrorista Estado Islâmico. A ação violenta ocorre em um momento sensível para o país, ainda fragilizado por anos de guerra e instabilidade, e reacende os temores quanto à presença de células extremistas operando em território sírio.
O presidente Ahmad al-Sharaa, que busca fortalecer o apoio das minorias religiosas em meio à reconstrução política do país, enfrenta dificuldades para exercer pleno controle sobre algumas regiões. O ataque representa um golpe direto em seus esforços para garantir segurança e estabilidade às comunidades religiosas, especialmente a cristã, que há anos sofre com deslocamentos forçados e perseguições.
A comunidade internacional reagiu com indignação. O governo da Grécia classificou o atentado como "abominável" e cobrou medidas firmes das autoridades sírias para identificar os responsáveis, além de exigir garantias efetivas de proteção às minorias religiosas.
A tragédia lança uma nova sombra sobre o processo de normalização e reconstrução na Síria, evidenciando que, mesmo com o fim dos grandes confrontos militares, o extremismo ainda representa uma ameaça constante à paz e à convivência entre os diferentes grupos étnicos e religiosos do país.
Por Ataíde Barbosa/Foto: Reprodução/TV Globo
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